As principais notícias de meio ambiente

Conabio suspende temporariamente inclusão da tilápia em lista de espécies invasoras

A Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), do Ministério do Meio Ambiente, suspendeu temporariamente a Lista Nacional Oficial de Espécies Exóticas Invasoras, que incluía a tilápia, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (4).

O anúncio, feito em outubro, gerou preocupação entre produtores, que temiam novas restrições à criação do peixe mais cultivado do Brasil.

Uma espécie é considerada invasora quando aparece em locais onde não é nativa. No caso da tilápia, sua presença em rios fora das áreas de produção pode causar desequilíbrios ambientais, segundo o Ministério.

A tilápia é classificada como exótica porque não é nativa do Brasil, sendo originária da África, na bacia do rio Nilo.

Santos amplia rede de ecopontos e pontos de reciclagem

A Prefeitura de Santos ampliou a rede de ecopontos e pontos de reciclagem na cidade. A nova regulamentação exige que comércios disponibilizem locais para entrega de materiais como baterias e lâmpadas fluorescentes, garantindo o descarte ambientalmente adequado.

Há pontos distribuídos por toda a cidade para receber eletrônicos, papel, vidro, plástico e outros resíduos, facilitando o acesso da população ao descarte responsável.

Sistema de satélites aponta avanço na resposta a crimes ambientais em SP

O governo de São Paulo divulgou um balanço do sistema de monitoramento por satélites utilizado para identificar crimes ambientais em áreas sensíveis do estado.

De acordo com o relatório, 65% dos municípios e órgãos estaduais conseguiram autuar irregularidades em até 30 dias após o recebimento dos alertas, emitidos entre outubro de 2024 e março de 2025. O período registrou centenas de notificações, resultando em 368 vistorias presenciais, 122 autuações e mais de 230 confirmações de situação regular.

O levantamento mostra ainda que 35% das prefeituras iniciaram análises em até 15 dias e 29,5% entre 16 e 30 dias. O estado, que liderou o ranking de crimes ambientais no país nos últimos anos, contabilizou em 2024 um aumento de 246% nos incêndios em matas e florestas.

Entre os municípios mais autuados estão Mogi das Cruzes, São Lourenço da Serra e São Sebastião.

 

Uso de iate por Lula durante a COP 30 gera críticas por alto consumo de diesel

O iate de luxo utilizado pelo presidente Lula durante sua estadia em Belém, durante a COP30, chamou atenção pelo consumo elevado de combustível.
Estima-se que a embarcação utilize entre 120 e 150 litros de diesel por hora em navegação, o que equivale a cerca de 3,6 mil litros por dia.
O gasto contrasta com o discurso ambiental defendido pelo governo, que tem como foco a redução das emissões de carbono e a transição para fontes de energia mais limpas.

Relatório da ONU alerta para aumento de até 2,5°C na temperatura global até o fim do século

Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) alerta que o planeta segue em trajetória de aumento de temperatura entre 2,3°C e 2,5°C até o final deste século — mesmo que todos os compromissos climáticos atuais sejam cumpridos.
Segundo o documento, o mundo está cada vez mais distante da meta estabelecida pelo Acordo de Paris, de 2015, que busca limitar o aquecimento global a 1,5°C.
O Pnuma aponta que o descumprimento dessas metas pode resultar em eventos climáticos extremos, como secas, elevação do nível do mar e derretimento de geleiras.

Pesquisadores identificam nova variante de coronavírus em morcegos no Brasil

Pesquisadores detectaram uma nova variante de coronavírus em morcegos brasileiros, nunca relatada anteriormente na América do Sul. O vírus, batizado de BRZ batCoV, apresenta o mesmo mecanismo genético encontrado nos agentes que causam a Covid-19 e a Mers.

O estudo foi conduzido pela Universidade de Osaka, no Japão, em parceria com uma equipe internacional de cientistas, incluindo brasileiros, e publicado no dia 27 de outubro. As amostras foram coletadas no morcego Pteronotus parnellii, conhecido como “bigodudo”, comum na América Latina.

 

Emissões de gases de efeito estufa no Brasil caem 16,7% em 2024

O Brasil emitiu 2,145 bilhões de toneladas de gás carbônico em 2024, registrando queda de 16,7% nas emissões brutas de gases de efeito estufa em relação ao ano anterior. Considerando as emissões líquidas, que descontam a captura de carbono por florestas secundárias e áreas protegidas, a redução chega a 22%.

Os dados foram divulgados pela rede Observatório do Clima na 13ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), que apresenta informações sobre os setores de mudança de uso da terra, agropecuária, energia, processos industriais e resíduos. A queda registrada em 2024 é a maior dos últimos 16 anos e a segunda mais significativa desde o início da série histórica, em 1990.

Desmatamento na Amazônia tem redução de 11% em um ano

O desmatamento na floresta amazônica registrou queda pelo segundo ano consecutivo. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre agosto de 2024 e julho de 2025, a área desmatada foi de 5.796 quilômetros quadrados.

O resultado representa uma redução de 11% em relação ao período anterior, quando o desmatamento superou 6 mil quilômetros quadrados. Especialistas destacam que o índice é positivo, mas reforçam a importância de manter os esforços de fiscalização e combate ao desmatamento ilegal.

Mero ameaçado de extinção é encontrado morto em Peruíbe

Um mero, peixe ameaçado de extinção, foi encontrado morto na praia da Barra do Una, em Peruíbe, litoral sul de São Paulo. O animal media cerca de 2,5 metros e pesava aproximadamente 200 quilos.

A espécie vive em águas salgadas e é considerada uma das maiores de peixes ósseos do mundo. O peixe está ameaçado devido à pesca excessiva, exploração durante a desova e degradação dos manguezais. Este é o terceiro exemplar registrado na região, possivelmente resultado de capturas acidentais em redes de pesca.

Pesquisa testa fungos que eliminam mosquitos transmissores de doenças

Pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, desenvolveram fungos capazes de enganar e eliminar mosquitos transmissores de doenças como dengue, malária e zika.

O microrganismo foi modificado para liberar um aroma adocicado semelhante ao das flores, atraindo os insetos antes de matá-los. O estudo, publicado na revista Nature Microbiology, apresenta uma alternativa biológica aos pesticidas químicos, que vêm perdendo eficácia devido à resistência dos mosquitos.